quarta-feira, 16 de julho de 2014

REFLEXÕES SOBRE O DÍZIMO - PARTE I

Quanto devo ofertar no dízimo?

Efetivamente, dízimo significa a décima parte, como já se o ofertava ao tempo do Antigo Testamento.
Contudo, longos anos afastados da prática do dízimo, poucos são ainda os cristãos católicos que o têm como compromisso. Há, assim, que se reconhecer difícil, de uma hora para outra, separar os dez por cento de Deus de um salário pequeno já comprometido com um orçamento apertado. Devemos contribuir com o máximo que o nosso orçamento possa suportar. Assim, quem pode dar 10% não contribua com menos. Quem pode dar 5% não dê 4, quem pode dar 3% não dê 2. Deus há de entender e perdoar, enquanto sentir o esforço e o propósito de cada um. São Paulo (II Cor 9, 7) orienta: "Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria".
Se seu salário representa trinta dias do seu tempo, da sua existência, na verdade ele contém uma parcela da sua vida. Dessa forma você não deve ver o dízimo apenas como dinheiro, mas sim como um pouco de si mesmo que é ofertado a Deus. É muito importante o cristão ter essa compreensão no momento de definir quanto vale o seu dízimo.

Note que a igreja recebe uma parcela de sua vida na forma de dízimo e transforma esse dízimo ministrando cada Sacramento, que é vida, prestando assistência aos necessitados, valorizando a vida e anunciando Jesus que é o Caminho, a Verdade e a VIDA.
O católico deve banir do pensamento a idéia errada de que seu dízimo não é importante para a comunidade. Esse é um pensamento nocivo que impede a igreja de Cristo de anunciar o evangelho, porque faz o cristão ficar desestimulado, não ter compromisso, inerte... e o mundo está desse jeito não pela ação dos maus... mas pela omissão dos bons!
Cada dízimo é muito importante SIM! (não importa o valor). O rico dê o dízimo de sua riqueza, o pobre dê o dízimo de sua pobreza! Deus não aprecia a quantia e sim a generosidade!
Lembre-se que bastou um jovem desprendido ofertar cinco pães e dois peixes para que Jesus operasse o milagre da multiplicação (Jo 6,5-13). Assim fará com o dízimo em nossa paróquia.

O dízimo é obrigatório?
Sim, mas não como algo imposto por uma lei. Assim como você tem a obrigação de amar mas não lhe é imposto, você tem o dever de devolver o dízimo, sem que isto lhe seja imposto por lei. É a sua consciência quem deve lhe obrigar a devolver o dízimo.

Onde o dízimo deve ser devolvido?
O dízimo deve ser entregue à comunidade onde você recebe serviços e benefícios. Deve ser entregue à comunidade onde você participa da vida da Igreja.

Quem colabora com movimentos de Igreja está dispensado de ofertar seu Dízimo à comunidade paroquial?
Muitos pensam que pelo fato de trabalharem nas pastorais e movimentos da Igreja estariam dispensados do Dízimo. Outros colaboram até mesmo com uma contribuição mensal com um movimento de Igreja, para formarem um pequeno fundo, para manterem o movimento, para retiros, confraternizações, passeios. Nenhuma destas pessoas está dispensada da contribuição bíblica do Dízimo. Ao contrário, esses fiéis deveriam ser os primeiros a dar testemunho de sua vida cristã. É preciso considerar que não existiriam movimentos e grupos de Igreja, se não existisse a Igreja. A Igreja é que foi instituída por Cristo, como sinal e instrumento de seu Reino. Como membros desta Igreja e cristãos conscientes, ativos, todos têm a obrigação e o direito de oferecerem a ela, em sua comunidade paroquial, com convicção, o seu Dízimo.

FONTE: Arquidiocese de Campo Grande - MS

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