domingo, 30 de maio de 2010

CORPUS CHRISTI: ENTENDA ESSA DATA


A celebração do Corpo e Sangue de Cristo é igualmente partilha, solidariedade. Assim, em tempos de fome, de desigualdade social, de injustiças, guerras e tanta violência, a data é também uma excelente oportunidade para todos os brasileiros, cristãos ou não, atentarem para as necessidades das pessoas menos favorecidas.

É fato. "A Eucaristia não parece ocupar sempre o lugar que lhe cabe no itinerário cristão de numerosos batizados", lamenta Marie-Thérèse Nadeau, autora deEucaristia - Memória e presença do Senhor. Despertar para a importância desse sacramento entre os cristãos tem sido um dos grandes desafios da Igreja, afinal, a Eucaristia se constitui a fonte e o cume da vida da cristã e torna-se mais que uma celebração ritual do cristianismo.
 
E não há momento mais oportuno para falar do tema do que nesta aproximação da festa de Corpus Christi, próximo feriado nacional. A Igreja Católica celebra a presença de Cristo na Eucaristia, no pão e no vinho que o sacerdote consagra para se tornar o corpo e o sangue de Cristo. "A Eucaristia é um mistério de síntese da vida de Cristo e da Igreja, um sinal da nova e definitiva comunhão entre a humanidade e Deus. É considerado o mais importante dos sacramentos, de onde saem e para onde se dirigem todos os demais, centro da vida litúrgica, expressão e alimento da vida e da comunhão cristã", explica Padre Antonio Francisco Lelo.
 
A festa de Corpus Christi, expressão latina que significa "Corpo de Cristo", foi instituída pelo Papa Urbano IV, em 11 de agosto de 1264. "Mas se tornou realmente popular a partir de sua confirmação, feita pelo Papa Clemente V, em 1311-1312", destaca Marie-Thérèse. É celebrada sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. Isso porque, segundo os evangelhos sinóticos, a instituição da eucaristia se deu na noite de quinta-feira santa, na qual Jesus celebrou com seus apóstolos a ceia pascal e instituiu o memorial de sua paixão e morte, fatos que se concretizariam no dia seguinte.
 
No Brasil, a festa de Corpus Christi chegou com os colonizadores portugueses e espanhóis e, inicialmente, tinha uma conotação político-religiosa, pois, dias antes das procissões, as câmaras municipais exigiam que as casas de moradia e de comércio fossem enfeitadas com folhas e flores. Participavam do ato membros de todas as classes sociais, incluindo escravos e militares.
 
Criatividade e partilha
Em várias regiões do País, e até no exterior, as procissões marcam a festa de Corpus Christi. O líder da Igreja local percorre as ruas levando o Santíssimo Sacramento no ostensório. É comum, os fiéis ornamentarem as ruas com coloridos tapetes feitos de flores, vidro moído, serragem ou materiais como papel, papelão, latinhas de bebidas, isopor, etc. Nos tapetes, são reproduzidas figuras de Jesus, do cálice da Ceia e da Virgem Maria.


"Rica em simbologias, a Eucaristia é, primeiro, a presença real de Cristo; segundo, o sinal da unidade da Igreja; e, por último, tendo o pão como símbolo, significa, igualmente, partilha", explica Padre Lelo. Em tempos de fome, de desigualdade social e de injustiças, a celebração de Corpus Christi é oportunidade para todos os brasileiros, cristãos ou não, atentarem para as necessidades das pessoas menos favorecidas.
 
'É saboreando o pão e o vinho, assimilando em nosso ser o gesto da doação e da partilha, que entramos em comunhão com Jesus Cristo em sua páscoa e somos enviados em missão", recomenda Ione Buyst, autora de Pão e vinho para nossa ceia com o Senhor. E acrescenta: o pão eucarístico nos é dado para que sejamos juntos um só corpo em Cristo e vivamos a caridade fraterna, também fora da celebração."
 
Valter Maurício Goedert, em seu livro Eucaristia - Pão para a vida do mundo, endossa: "A celebração da Eucaristia amplia os horizontes mesquinhos de vivência cristã, torna-nos co-responsáveis pela construção de um mundo mais solidário, faz-nos avançar para as águas mais profundas do amor a Deus e aos irmãos. A comunhão com Cristo conduz à convivência fraterna com as pessoas, com a natureza, com toda a criação."

O JEEP E DEUS

Um jovem cumpria o seu dever cívico prestando serviço ao exército, mas era ridicularizado por ser cristão.

Um dia o seu superior hierárquico, na intenção de humilhá-lo na frente do pelotão, pregou-lhe uma peça...

- Soldado Coelho, venha até aqui!
- Pois não Senhor.
- Segure essa chave. Agora vá até aquele jipe e o estacione ali na frente.

- Mas senhor, o senhor sabe perfeitamente que eu não sei dirigir.
- Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada. Vá até o jipe e faça o
que eu lhe ordenei...
- Mas senhor, eu não sei dirigir!
- Então peça ajuda ao seu Deus. Mostre-nos que Ele existe.

O soldado não temendo, pegou a chave das mãos do seu superior e foi até o veículo.
Entrou, sentou-se no banco do motorista e imediatamente começou sua oração.

"Senhor, tu sabes que eu não sei dirigir. Guie as minhas mãos e mostre a essas pessoas a sua fidelidade. Eu confio em Ti e sei que podes me ajudar. Amém"

O garoto, manobrou o veículo e estacionou perfeitamente como queria o seu superior.
Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns de joelhos...

- O que houve gente? - perguntou o soldado.
- Nós queremos o teu Deus, Coelho. Como fazemos para tê-lo? Perguntou o seu superior.

- Basta aceitá-lo como seu Senhor e Salvador. Mas porquê todos decidiram aceitar o meu Deus?

O superior pegou o soldado pela gola da camisa, caminhou com ele até o jipe enxugando suas lágrimas.

Chegando lá, levantou o capô do veículo e o mesmo estava sem o motor!

DEUS CUIDA DOS SEUS E NÃO PERMITE QUE NINGUÉM NOS HUMILHE.
SEJA VOCÊ TAMBÉM UMA SEMENTE DE JESUS E VOCÊ SEMPRE COLHERÁ O BEM!

terça-feira, 25 de maio de 2010

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Vamos passar à explicação dos sete Dons: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor de Deus. É preciso compreender cada conceito e o seu significado.
- A Sabedoria é o dom que faz o cristão perceber, intuir e gostar das coisas espirituais. Sente deleite nas coisas de Deus e por isso começa a temer a Deus, a respeitá-Lo mais. Diz o salmo que o temor de Deus é o princípio da sabedoria.
- O Entendimento é o dom do conhecimento, pois a pessoa consegue entender e conhecer aquilo que vai no coração e na mente das pessoas. O Padre Pio era um sacerdote que tinha o dom do entendimento. Ele servia-se do seu dom para ajudar muitas almas. Quando alguns penitentes iam ter com o Padre Pio e, por esquecimento ou timidez, escondiam este ou aquele pecado, o Padre Pio lembrava-lhes: "Falta-te este pecado que cometeste duas ou três vezes". Este dom é utilizado unicamente para o bem do penitente.
- O dom do Conselho: quem o possui consegue dirigir, orientar e aconselhar as almas para a sua própria salvação e felicidade. O dom do conselho que é dado pelo Espírito Santo não é inconveniente, interesseiro, não aconselha segundo a conveniência pessoal mas aconselha somente para o bem da pessoa. Este dom constitui uma preciosidade, pois alerta-nos para os erros que cometemos ou soluções que necessitamos.
- O dom da Fortaleza é também uma virtude. A virtude é um bem e um dom dado pelo Espírito Santo que diz "não" ao pecado, a uma boa proposta, à pressão social, a certas modas que prejudicam a vida espiritual do homem ou da mulher. O dom da fortaleza faz com que o cristão saiba resistir a certas influências sociais e não se deixe conduzir pela pressão do grupo social ou de amigos onde está inserido. Com este dom a pessoa mantém a sua personalidade, sendo aquilo que realmente é, conservando os valores cristãos.
- O dom da Ciência permite ao homem perceber e sentir, através da natureza e dos acontecimentos do dia-a-dia a presença e a linguagem de Deus.
Quem possui o dom da ciência consegue louvar a Deus, olhando para as belezas da natureza, para a beleza de um jardim, das montanhas, da água do mar, do céu azul, das estrelas. Através da natureza, a alma lê e louva o seu Deus, agradecendo-Lhe enquanto observa uma linda flor. Em vez de ficar fixo apenas na beleza da flor, louva o autor da criação, louva o Criador.
- O dom da Piedade inclina o cristão à oração, ao louvor, à adoração, à contemplação; leva o cristão a sentir gosto pela oração, sentir desejo e gosto de estar com Deus, gosto em rezar e em falar com Deus através da oração.
O dom da piedade faz com que a pessoa não se canse de rezar e se sinta bem a rezar. Através deste dom, Deus vai revelando aspectos espirituais que muitos não percebem.
A alma piedosa tem mais luzes e percebe melhor as coisas a nível espiritual. Aquele que não reza não percebe, não entende e não vê porque não lhe é permitido ver.
Há pessoas que dizem: "Mas padre, eu rezo tanto!" e eu pergunto: "Como reza?". Não basta rezar, é preciso rezar bem, meditando nas palavras e nos mistérios que contemplamos da vida de Jesus. Experimentem rezar bem, concentrados, compenetrados e verão as maravilhas que Deus irá realizar nas vossas almas.
É lindo rezar bem. A pessoa sente na alma uma grande paz, suavidade, gozo e alegria.
- O dom do Temor de Deus leva-nos a fugir do pecado com receio de ofender e de perder Quem amamos - o nosso Deus. Este dom está, em certa medida, associado ao dom da fé porque nos faz sentir e perceber que estamos na presença de Deus e, se estou na Sua presença, não quero pecar.
O temor de Deus é um grande dom pois faz com que o homem faça tudo para não perder a graça de Deus, o Seu amor e a Sua presença. Por isso, o temor de Deus é o princípio da sabedoria.
Desta forma falamos sobre o significado de cada dom e de cada fruto do Espírito Santo, para melhor compreendermos a necessidade de invocarmos e suplicarmos ao Espírito Santo que aumente em nós os Seus dons e frutos, perseverando-nos neles até à morte.

Padre Manuel Sabino, Fundador dos Servos do Bom Pastor
Fonte: http://www.servosdobompastor.net/EnsEspiritoSanto.html

segunda-feira, 24 de maio de 2010

FRUTOS DO ESPÍRITO

São Paulo em sua carta aos Gálatas descreve 9 frutos do Espírito Santo, e afirma ser possível experimentá-los apenas por obra do Espírito Santo (cf. Gál. 5, 22-23).

Amor

É o primeiro fruto que aparece na lista de São Paulo, mas, não porque há uma hierarquia dos frutos, mas que providencialmente o amor aparece no topo da lista porque de fato, sem o amor todos os outros frutos deixariam de existir.

Alegria

Este fruto nasce da convivência social, pois ninguém é alegre e feliz sozinho, isolado no seu mundo.

Paz

Em hebraico a palavra paz é a tradução da palavra SHALOM, também muito conhecida em nosso vocabulário. A paz é conhecida ainda como “PACISCI” que significa travar uma conversa, negociar, fazer as pazes. Ela é indispensável nos relacionamentos.

Longanimidade

A pessoa que tem um ânimo longo, duradouro, sem considerar as circunstâncias. Ser perseverante,paciente, tardio para irar-se ou para o desespero.

Benignidade

Em grego se escreve “makrothymia”. Este fruto é uma característica forte do nosso Deus. Ele não se deixa vencer em generosidade mesmo quando não merecemos. Também produz outro fruto que é a paciência. Uma pessoa paciente tem sempre como pano de fundo a benignidade.

Bondade

A bondade é a tradução da palavra grega CHRESTOTES que significa honorabilidade e eficiência que produz em nós gentileza e suavidade. (capacidade de ser suave). Dom Bosco dizia que, uma pessoa boa é aquela que pensa bem do outro, fala bem do outro e quer o bem do outro. É uma espécie de virtude do bem indispensável para produzir frutos bons em nós.

Fidelidade

A palavra fidelidade também é conhecida como PISTIS que traduz a palavra fé e confiança. Não se refere necessariamente a ter fé em Deus, mas sim a atitude de julgar capaz de ter confiança.

Amabilidade

Uma pessoa amável é aquela capaz de agir com mansidão diante de situações que normalmente nos impulsiona a agressividade. É a capacidade de ser sereno e calmo diante do agressor e dar resposta diferente com amor e com serenidade a ponto de desconcertar o ato de agressão e rudez daquele momento. Em uma fração de segundos, uma pessoa amável busca o seu equilíbrio, pois ela sabe quem é e de que é capaz, por isto ela dialoga rapidamente com os frutos do Espírito Santo que também está nela e ali ela decide estar no centro, ponto cujo amor acontece.

Auto-domínio

Em grego a palavra “ENKRATEIA” firma o significado da palavra abstinência que é o caminho que se pode chegar ao autodomínio de si próprio. Em outras palavras podemos dizer que o autodomínio é a virtude de alguém que possuí domínio e poder sobre algo, mas sobre tudo sobre si mesmo.

domingo, 23 de maio de 2010

DONS CARISMÁTICOS



A nossa vida espiritual tem duas dimensões, primeiro uma dimensão voltada para dentro de nós e depois outra voltada para fora. Na segunda dimensão está a Igreja, é a dimensão de comunidade, a dimensão de caminhar com o povo de Deus, e Deus nos concede então os dons carismáticos, que não são necessariamente para nós, mas para os outros, por exemplo o dom da sabedoria que não é a sabedoria para alimentar a nós mas para alimentar os outros, não apenas para nos orientar, o dom da fé, da ciência, o dom de cura, de milagres que são dons como diz São Paulo para o bem da Igreja, para os outros, para utilidade de todos.

Quando nós exercemos os dons carismáticos não quer dizer que já somos santos, porque Deus pode usar quem Ele quiser da maneira que quiser, mas é preciso dizer que quanto mais santo a pessoa for, mais fácil é para Deus usar essa pessoa, por isso os dons carismáticos não estão separados dos dons de santificação, e eu até diria que existe uma grande interface entre eles, quanto mais a pessoa vive os dons de santificação mais aptidão ela tem para viver os dons carismáticos. Na dimensão interior estão os Dons de Santificação.

DONS DE SANTIFICAÇÃO


A nossa vida espiritual tem duas dimensões, primeiro uma dimensão voltada para dentro de nós e depois outra voltada para fora. Na primeira dimensão voltada para dentro é a dimensão da nossa santificação, é a busca da nossa santificação, a busca do nosso retorno para Deus, é a luta contra o pecado e contra tudo que esconde em nós a imagem e semelhança de Deus.
E isto é uma tarefa que supera as forças naturais, e que é preciso a força de Deus. E nisso Deus nos socorre com os chamados dons infusos ou dons de santificação, desde o batismo recebemos esses dons, que a Igreja chama de sete dons, mas não necessariamente precisa ser sete: fortaleza, piedade, sabedoria, conhecimento, conselho, entendimento e temor de Deus. Esses dons fazem crescer em nós a graça do batismo que recebemos como semente para que a medida que a criança vá crescendo também vá crescendo as coisas de Deus nela.


PENTECOSTES









Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia".




No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).

Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.

retirado do site http://wiki.cancaonova.com/index.php/Pentecostes

segunda-feira, 17 de maio de 2010

MULHER SUBLIME


Nós varões todos –  penso estar falando pela maioria – temos dentro de nós o perfil da mulher perfeita. É a mulher dos sonhos, que encaixa no quadro de uma vida cheia de ideais e de grandes realizações. Tem características de um arquétipo motivador. Mesmo quando elas criticam os homens, elas são benéficas. Pois nos põem para frente. Sua presença  benfazeja não acontece somente no âmbito familiar, mas também na pastoral, na literatura, na busca da santidade de vida, e na educação. Entretanto, tal sonho, umas tantas vezes se esboroa diante da dura realidade concreta do cotidiano, que não se afina ao esperado.
A mãe de Jesus, no entanto, foi a mulher que correspondeu em plenitude à expectativa da raça humana. Maria é a “bendita entre todas as mulheres” (Lc 1, 42), mãe que mostrou coragem, por “ficar de pé junto à cruz” (Lc 21, 36) e ser bendita “porque acreditou” (Lc 1, 45). Quero mostrar duas razões que comprovam a sublimidade dessa filha de Israel, que foi aquinhoada por Deus com favores, não concedidos a mais ninguém neste mundo. A primeira é de ordem biológica. A maioria dos seres vivos é proveniente da confluência do espermatozóide (masculino), e do óvulo (feminino) da fusão dessas duas células, cada uma com sua carga genética específica, nasce um novo ser, parecido, mas diferente de seus genitores. Jesus, porém, “foi concebido pelo poder do Espírito Santo” (Lc 1, 35), e não teve concurso masculino. Na sua natureza humana, Jesus foi inteiramente, engendrado pela carga genética de Maria. Por isso Ele deverá ter sido extremamente parecido com Maria, e herdado o seu jeito, e suas características. A segunda razão de sua importância excepcional é de ordem exemplar.  Você já observou que, contrariamente a toda a humanidade, Jesus nunca pagou tributo à guerra de gêneros? Jamais de seus lábios saiu qualquer ensinamento desairoso contra as mulheres. Suas parábolas nunca trataram as filhas de Deus com desdém. Mas nos seus ensinamentos elas são apresentadas de maneira simpática, e até grandiosa. Nem  no trato com as pessoas, Jesus foi grosseiro para com qualquer mulher. De onde viria isso? É de sua experiência familiar, onde Ele viu na sua mãe uma mulher extremamente querida, mas ao mesmo tempo objetiva, trabalhadeira, firme e aberta para a vida em Deus. Foi uma transferência psicológica, que facilitou a Jesus alçar para uma grande dignidade todas as mulheres da terra.

Dom Aloísio Roque Oppermann

PEDOFILIA: IGREJA E SOCIEDADE

         Estão sendo denunciados, com inusitada freqüência, casos de pedofilia entre membros do clero. É triste e vergonhoso, mas é verdade. Provocam indignação ainda maior por causa da confiança depositada nessas pessoas e pela responsabilidade educativa que é traída.
            Eles vêm engrossar as fileiras de adultos que ficam próximos de crianças e de adolescentes, no convívio familiar, ou por razões profissionais (saúde, educação, esporte, etc.) e deles abusam sexualmente, às vezes usando a mais odiosa violência, como os noticiários não cessam de relatar. A pornografia infantil que se difunde, como mancha de óleo, pelo mundo, alerta sobre as reais dimensões do problema.
            É possível que em outras épocas, sexualmente menos “liberadas”, o problema não fosse tão freqüente ou, talvez, fosse menos visto e denunciado. É necessário agir para preservar as crianças e os adolescentes de graves danos, às vezes irreparáveis, à sua personalidade em formação.
            A Igreja responde a esses desafios, de um lado, acelerando os procedimentos para afastar de seus quadros os membros pedófilos, com a pena da perda do estado sacerdotal. De outro lado, procura fazer com que cada sacerdote se identifique mais intensamente com Cristo e compartilhe de seus sentimentos e pensamentos, para ter suas mesmas atitudes, como o apóstolo Paulo nos admoesta. As tristes notícias das últimas semanas ajudarão a Igreja a purificar-se e a ficar mais atenta à formação do clero.   
            A Igreja é santa e pecadora diziam os Padres da Igreja dos tempos antigos. Ela tem consciência da fragilidade humana, da existência de contradições entre os seus membros, mas conhece a presença do Espírito Santo no seu seio e a possibilidade de sua vitória sobre o mal e sobre a morte.
Alguns pedófilos se tornaram sacerdotes, outros estão em âmbitos, religiosos ou não, em diversas profissões. De acordo com estudiosos, a maioria age no círculo das relações familiares. Por isso, não há nenhum nexo entre pedofilia e celibato.
            A pronta ação da justiça retira de circulação os elementos que ameaçam o bem da sociedade e inibe a multiplicação de comportamentos anti-sociais. Mas, talvez, se façam necessárias ações no plano da cultura e na educação das novas gerações, para delinear de maneira mais clara a linha que separa a liberdade de pessoas, que parece não tolerar limites, e a necessidade de respeitar as crianças e os adolescentes, ajudando-os a crescer positivamente rumo à maturidade, com equilíbrio e justiça. 
            Pode-se compreender a veemência com a qual os meios de comunicação tratam da pedofilia de alguns sacerdotes, na maioria das vezes como fruto da indignação de quem da Igreja esperava algo melhor. Pode ser que para alguns, esta seja ocasião de atacar uma realidade que é percebida como espécie de consciência moral da sociedade, que incomoda com sua insistência em recordar as injustiças contra os pobres, as violências contra inocentes e indefesos.
            Em alguns casos, é possível até não estar tão equivocado o senador italiano, o filósofo agnóstico Marcelo Pera quando, num artigo publicado em “Il Corriere della Sera” de 17 de março passado, escreveu: “Trata-se de uma guerra entre o laicismo e o cristianismo (...)”. O que importa não é o bem das crianças, mas a possibilidade de arranjar argumentos, mesmo que grosseiros, para insinuar que todos os sacerdotes são pedófilos, portanto a Igreja não ter autoridade moral e o cristianismo ser um engano e um perigo. Em seguida, o senador manifestava sua preocupação, porque no passado, quando se tentou destruir a religião, a democracia se perdeu e a razão ficou destruída.
            Diante dessas circunstâncias, a Igreja aposta na punição dos culpados e no redobrado dom, generoso e total, de muitos sacerdotes e religiosos, testemunhas da beleza e da paz, da justiça e do bem que se encontra em Jesus Cristo. Esperamos que, desse modo, em nosso tempo, o esplendor da santidade de alguns possa fazer chegar o abraço de Cristo ao povo de nossas cidades, curando males, renovando esperança, trazendo alegria à humanidade ferida.
Dom Geraldo M. Agnelo - Cardeal Arcebispo de Salvador

domingo, 16 de maio de 2010

POR QUE REZAR O TERÇO?



Olá galera, hoje vamos falar de uma oração muito simples da Igreja, mas muito poderosa: O Santo Terço. Ninguém é obrigado a rezar o terço, pois ele é uma devoção, mas todos aqueles que o rezam podem perceber os efeitos. Tem gente que não reza com a desculpa que se distrai muito e por isso “se é para rezar mal, é melhor não rezar”. Aí é que está o engano: pois quem dá a eficácia do terço não somos nós, mas é Maria. O papa João XXIII sempre dizia: “o pior terço é aquele que não se reza”. Por isso, mesmo que nos distraiamos, pior seria não rezar. São lindas as promessas de Nossa senhora para aqueles que rezam o terço e em todas as suas aparições ela diz que a oração do terço é capaz de trazer conversão ao mundo e a Paz. Eu ando sempre com meu terço, tenho um na minha bolsa, outro embaixo do travesseiro pra no caso de eu acordar durante a noite, outro no meu trabalho, assim, sempre que dá estou rezando. Pra você que quer rezar mas não sabe, pode aprender a rezar logo abaixo:




COMO REZAR O TERÇO:

1. Segurando o Crucifixo, fazer o Sinal da Cruz e em seguida rezar o Creio.
2. Na primeira conta grande, recitar um Pai Nosso.
3. Em cada uma das três contas pequenas, recitar um Ave Maria.
4. Recitar um Glória antes da seguinte conta grande.
5. Anunciar o primeiro Mistério do Rosário do dia e recitar um Pai Nosso na seguinte conta grande.
6. Em cada uma das dez seguintes contas pequenas (uma dezena) recitar um Ave Maria enquanto se faz uma reflexão sobre o mistério.
7. Recitar um Glória depois das dez Ave Marias.
8. Cada uma das seguintes dezenas é recitada da mesma forma: anunciando o correspondente mistério, recitando um Pai Nosso, dez Ave Marias e um Glória enquanto se medita o mistério.
9. Ao se terminar o quinto mistério o Rosário costuma ser concluído com a oração da Salve Rainha.

Em cada dia da semana se comtempla um mistério:
Mistérios gozosos (segunda-feira e sábado)
1º - Anunciação do anjo São Gabriel a Nossa Senhora (Lc 1,26-38)
2º - Visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel (Lc 1,39-56)
3º - Nascimento de Jesus em Belém (Lc 2,1-21)
4º - Apresentação do Menino Jesus no templo (Lc 2,22-40)
5º - Encontro de Jesus no templo entre os doutores da lei (Lc 2,41-52)
Mistérios luminosos (quinta-feira)
1º - O batismo de Jesus no Jordão (Mt 3,13-17)
2º - O 1º milagre nas bodas de Cana (Jo 12,1-12)
3º - O seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão (Mc 1,15 * Mc 2,3-13 * Lc 7,47-48 * Jo 20, 22-23)
4º - A sua transfiguração (Lc 9,28-36)
5º - A instituição da Eucaristia (Jo 13,1-20)
Mistérios dolorosos (terça-feira e sexta-feira)
1º - Agonia mortal de Jesus no horto das Oliveiras (Mt 26,36-46)
2º - Flagelação de Jesus atado à coluna (Mt 27,11-26)
3º - Coroação de espinhos de Jesus (Mt 27,27-31)
4º - Subida dolorosa do Calvário (Jo 19,17-24)
5º - Crucificação de Jesus (Jo 19,25-37)
Mistérios gloriosos (quarta-feira e domingo)
1º - Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 20,1-18)
2º - Ascensão gloriosa de Jesus Cristo ao céu (At 1,4-11)
3º - Descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (At 2, 1-13)
4º - Assunção gloriosa de Nossa Senhora ao céu (Sl 44,11-18)
5º - Coroação de Nossa Senhora no céu (Ap 12,1-4)