domingo, 26 de maio de 2013

OFICINA "APRENDA A CANTAR SALMOS"

COMEÇOU NA TERÇA-FEIRA, DIA 21 DE MAIO, A OFICINA "APRENDA A CANTAR SALMOS", MINISTRADA PELO MÚSICO ZÉ FILHO.
 



 
FONTE: Site da Arquidiocese de São Salvador
 


sábado, 25 de maio de 2013

ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO

TODOS NÓS CONHECEMOS OS PAROQUIANOS MARINA E ADELSON, ONDE VEMOS MARINA ALI ESTÁ ADELSON, SEMPRE UNIDOS.
 
HOJE ELES COMPLETARAM 47 ANOS DE VIDA MATRIMONIAL.
 
A PARÓQUIA SANTA ROSA DE LIMA PEDE A DEUS QUE ESTEJA SEMPRE AO LADO DOS DOIS GUIANDO-OS E ILUMINANDO-OS, ASSIM COMO PEDIMOS QUE NOSSA MÃE SANTÍSSIMA INTERCEDE SEMPRE POR VÓS!
 


PARABÉNS

A PARÓQUIA SANTA ROSA DE LIMA DESEJA MUITAS FELICIDADES PARA:
 
 
 
MARIA DO CARMO, MARIA DE FATÍMA, EDUARMIA (LINDINHA), RAQUEL E DINALVA - da esquerda para a direita
 
 
FELIZ ANIVERSÁRIO!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

FALECIMENTO

NOSSOS SENTIMENTOS PELA PERDA DE NOSSA PAROQUIANA DEOLINDA.
 
QUE O SENHOR ILUMINE A SUA FAMÍLIA E A CONFORTE DANDO FORÇAS NESSE MOMENTO DE DOR.
 
 
 





 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

ESTÁ SENTADO A DIREITA DO PAI

Imagem de DestaqueDe onde há de vir e julgar os vivos e os mortos

A Igreja ensina que a partir da Ascensão, o volta de Cristo na glória pode acontecer a qualquer momento, embora não nos "caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade" (At 1,7). Este acontecimento está "retido", bem como a provação final que há de precedê-lo. (§673)

A volta de Cristo na glória depende a todo momento da história do reconhecimento dele por "todo Israel". Diz São Paulo aos romanos que uma parte desse Israel se "endureceu" (Rm 5) na "incredulidade" (Rm 11,20) para com Jesus, o que São Pedro confirmou aos judeus de Jerusalém depois de Pentecostes (At 3,19-21). São Paulo explica que: "Se a rejeição deles resultou na reconciliação do mundo, O que será o acolhimento deles senão a vida que vem dos mortos?" A entrada da "plenitude dos judeus" na salvação messiânica, depois da "plenitude dos pagãos, dará ao Povo de Deus a possibilidade de "realizar a plenitude de Cristo" (Ef 4, 13), na qual "Deus ser tudo em todos" (1Cor 15,28).

A Igreja sabe que antes da Parusia, a volta gloriosa de Cristo, ela sofrerá uma terrível provação que provará a fé dos seus filhos.
O Catecismo diz claramente que: “Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra" desvendará o "mistério de iniquidade" sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um pseudo-messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de seu Messias que veio na carne” (§675).


Cristo Senhor já reina pela Igreja, mas ainda não lhe estão submetidas todas as coisas deste mundo. O triunfo do Reino de Cristo não se dará sem uma última investida das potências do mal.
Esta ação do anticristo no mundo se manifestou algumas vezes com algum movimento que pretendia realizar na história a esperança messiânica que só pode realiza-se para além dela, depois do Juízo Final. A Igreja rejeitou, por exemplo, esta falsificação do Reino vindouro sob o nome de milenarismo, sobretudo sob a forma política de um messianismo secularizado, "intrinsecamente perverso". (§676)

Fica claro que o Reino não se realizará por um triunfo histórico da Igreja,
mas por uma vitória de Deus sobre o a última ação do mal. Assim como os profetas e João Batista, Jesus anunciou o Juízo do último Dia, onde será revelada a conduta de cada um e o segredo dos corações. Serão condenados aqueles que por incredulidade culpada não corresponderam á graça oferecida por Deus, e atitude de caridade em relação ao próximo: "Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40). Cristo virá na glória para realizar o triunfo definitivo do bem sobre o mal e separar o trigo do joio, crescido juntos ao longo da história.

O direito de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence a Cristo porque é o Redentor do mundo. Ele "adquiriu" este direito por sua Cruz. O Pai entregou
"todo o julgamento ao Filho"
(Jo 5,22). “É pela recusa da graça nesta vida que cada um já se julga a si mesmo recebe de acordo com suas obras e pode até condenar-se para a eternidade ao recusar o Espírito de amor”(679).
 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

2ª ETAPA DE FORMAÇÃO DA PASTORAL FAMILIAR


No próximo sábado, dia 18 de maio, a Pastoral Familiar realiza a 2ª etapa de formação para os agentes, coordenadores e vice-coordenadores paroquiais. Com o tema Visão Global, o encontro será no Centro de Formação Amarantes (entrada de São Gonçalo do Retiro – Cabula), das 8h às 17h. A inscrição custa R$ 6 (inclui material, sem almoço). Mais informações pelos telefones (71) 3213-1608 / 8789-9152 (Maria Conceição) / 8798-0809 (Antônio Roque).
 
FONTE: Site da Arquidiocese de São Salvador

quarta-feira, 15 de maio de 2013

SUBIU AOS CÉUS


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Está sentado à direita de Deus

O evangelista São Marcos disse: "O Senhor Jesus, depois de ter-lhes falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus" (Mc 9). O sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino do Messias, a realização daquela visão do profeta Daniel: "A Ele foram outorgados o império, a honra e o reino, e todos os povos, nações e línguas o serviram. Seu império é um império eterno que jamais passará, e seu reino jamais será destruído" (Dn 7,14).

A Ascensão do Senhor marca, assim, a entrada definitiva da humanidade de Jesus no céu, donde voltará, embora até esteja escondido dos homens. Com Ele a humanidade pode agora ser introduzida na comunhão plena com Deus que, por causa do pecado original, o homem perdeu. A Igreja ensina que, a partir desse momento, os apóstolos se tomaram as testemunhas do "Reino que não terá fim".

Durante os quarenta dias, que ainda permaneceu na terra para dar as últimas instruções aos apóstolos, Jesus comeu e bebeu com eles, mostrando-lhes que era Ele mesmo. A sua última aparição a eles foi na entrada irreversível de sua humanidade na glória divina; isso é simbolizado pela nuvem e pelo céu. O “sentar-se à direita de Deus” significa o lugar de honra no céu.
São João Damasceno (†749), doutor da Igreja de Constantinopla, ensinava que: "Por 'direita do Pai' entendemos a glória e a honra da divindade, no qual Aquele que existia como Filho de Deus antes de todos os séculos como Deus e consubstancial ao Pai, sentou-se corporalmente depois de encarnar-se e de sua carne ser glorificada" (De fide orthodoxa, 4,2,2).

O Corpo de Cristo foi glorificado desde a Sua Ressurreição e adquiriu propriedades novas e sobrenaturais; não está mais sujeito ao tempo nem ao espaço; pode “atravessar paredes” como ao entrar no Cenáculo onde estavam os discípulos e se mostrar com feições diferentes à Madalena e aos discípulos de Emaús. Depois de ressuscitado, Jesus esteve, de fato, com os discípulos; eles o apalparam e com Ele comeram. Mostrou-lhes, assim, que Ele não é um espírito e que o Seu Corpo ressuscitado é o mesmo que foi martirizado e crucificado, pois traz as marcas da Paixão.

Contudo, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as propriedades novas de um corpo glorioso. Não está mais situado no espaço ou no tempo, mas pode se tornar presente a seu modo, onde e quando quiser, pois sua humanidade não pode mais ficar presa à terra, mas já pertence ao domínio do Pai. Por esta razão, Jesus Ressuscitado, é livre de aparecer como quiser: sob a aparência de um jardineiro ou "de outra forma" (Mc 16,12) para fortalecer a fé deles.

Sua glória ainda permaneceu velada aos discípulos como se fosse um homem comum; e isso pode ser notado na palavra misteriosa que Ele disse a
Maria Madalena: "Ainda não subi para o Pai, mas vai aos meus irmãos e dizer-lhes 'Eu subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus'” (Jo 20,17). Isso mostra a diferença entre a glória de Cristo ressuscitado e a glória de Cristo exaltado à direita do Pai.

A Igreja ensina que a Ascensão de Jesus ao céu é, ao mesmo tempo, um fato histórico e transcendente. Daí para frente, Jesus não mais se apresentará aos apóstolos. Um caso excepcional é quando Ele se apresenta a São Paulo no caminho de Damasco, como ele disse: "como a um abortivo" (1 Cor 15,8), em uma última aparição que o constitui apóstolo.


A subida de Jesus ao céu está unida à Sua descida do céu na encarnação. Ele disse que só aquele que "saiu do Pai" pode "retomar ao Pai" (cf.Jo 16,28). "Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem" (Jo 3,13). “Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens" (Sl 67,19). Ora, que quer dizer "ele subiu", senão que antes havia descido a esta terra? Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus para encher todas as coisas” (Ef 4,8-10).

Por si mesma a humanidade não consegue chegar à "Casa do Pai", à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo pôde abrir esta porta ao homem. Ele disse que: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais” (Jo 14,2). O prefácio da Missa da Ascensão reza: "de sorte que nós, seus membros, tenhamos a esperança de encontrá-lo lá onde Ele, nossa cabeça e nosso princípio, nos precedeu". Jesus Cristo é a Cabeça da Igreja, por isso nos precede no Reino glorioso do Pai, para que nós, membros de Seu Corpo, vivamos na esperança de estarmos com Ele na eternidade.

A Igreja também nos ensina que a elevação de Jesus na Cruz significa e anuncia a elevação da ascensão ao céu. "E, quando eu for elevado da terra, atrairei todos os homens a mim" (Jo 12,32). É o começo da ascensão. Jesus é o Único Sacerdote da nova e eterna Aliança que entrou no céu. “Eis por que Cristo entrou, não em santuário feito por mãos de homens, que fosse apenas figura do santuário verdadeiro, mas no próprio céu, para agora se apresentar intercessor nosso ante a face de Deus”. (Hb 9,24)


O nosso Catecismo ensina (§665-667) que, no céu, Cristo exerce Seu sacerdócio, como diz a Carta aos Hebreus: "por isso é capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, visto que ele vive eternamente para interceder por eles" (Hb 7,25). Jesus intercede, sem cessar, por nós como mediador que nos garante a efusão do Espírito Santo. E, como "sumo sacerdote dos bens vindouros" (Hb 9,11), ele é o centro e o ator principal da liturgia que honra o Pai nos Céus. Por isso São João pode escrever: “Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”. (I Jo 2,1)

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em
Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

 

terça-feira, 14 de maio de 2013

INSCRIÇÕES PRORROGADAS PARA A OFICINA "APRENDA A CANTAR SALMOS"

Foram prorrogadas, até o dia 20 de maio, as inscrições para a oficina Aprenda a cantar Salmos, ministrada pelo músico Zé Filho. As aulas terão início no dia 21 e os interessados podem escolher entre as terças-feiras, das 8h às 12h, ou as sextas-feiras, das 14h às 17h. Ao todo, serão quatro aulas e o investimento é de R$ 40. As inscrições podem ser realizadas na Pascom (Avenida Leovigildo Filgueiras, 270, Garcia), das 8h às 12h ou das 13h às 17h, ou pelo telefone (71) 4009-6604 (Veridiana Barcellos).
 
FONTE: Site da Arquidiocese de São Salvador

segunda-feira, 13 de maio de 2013

DESCEU À MANSÃO DOS MORTOS

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É na esperança que fomos Salvos!

O Credo ensina que "Jesus desceu à mansão dos mortos". Isso significa que, de fato, Ele morreu e que, por Sua morte por nós, venceu a morte e o diabo, o dominador da morte (Hb 2,14). São João disse que Ele veio a nós para "destruir as obras do demônio" (1 Jo 3,8). "Ele foi eliminado da terra dos vivos" (Is 53,8). "Minha carne repousará na esperança, porque não abandonarás minha alma no Hades nem permitirás que teu Santo veja a corrupção" (At 2,26-27).

Jesus morreu, mas Sua alma, embora separada de Seu corpo, ficou unida à Sua Pessoa Divina, o Verbo, e desceu à morada dos mortos para abrir as portas do céu aos justos que o haviam precedido (cf. Cat. §637). Para lá foi como Salvador, proclamando a Boa Nova aos espíritos que ali estavam aprisionados. Os Santos Padres da igreja dos primeiros séculos explicaram bem isso. São Gregório de Nissa (†340) disse: "Deus [o Filho] não impediu a morte de separar a alma do corpo, segundo a ordem necessária à natureza, mas os reuniu novamente um ao outro pela Ressurreição, a fim de ser Ele mesmo, em Sua pessoa, o ponto de encontro da morte e da vida, e tornando-se, Ele mesmo, princípio de reunião para as partes separadas” (Or. Catech. , 16: PG: 45,52B).

São João Damasceno (†407), doutor da Igreja e patriarca de Constantinopla ensinou que: “Pelo fato de que, na morte de Cristo, a Sua alma tenha sido separada da carne, a única pessoa não foi dividida em duas pessoas, pois o corpo e alma de Jesus existiram da mesma forma desde o início na pessoa do Verbo; e na Morte, embora separados um do outro, ficaram cada um com a mesma e única pessoa do Verbo” (De fide orthodoxa, 3, 37: PG 94, 109 BA).
A Escritura chama de 'Morada dos Mortos', Inferno, Sheol ou Hades, o estado das almas privadas da visão de Deus; são todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor. Mas o destino deles não é o mesmo como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no "seio de Abraão". Jesus não desceu aos infernos (= interior) para ali libertar os condenados nem para destruir o inferno da condenação, mas para libertar os justos, diz o Catecismo (§ 633).

Assim, a Boa Nova foi anunciada também aos mortos, como fala São Pedro (1Pd 4,6). Esta descida de Jesus ao Hades é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio do Evangelho da salvação, e é a última fase da missão de Cristo, é a extensão da redenção a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares. São João disse que Cristo desceu ao seio da terra [um modo de falar], a fim de que "os mortos ouçam a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem vivam" (Jo 5,25). Assim, Jesus, "o Príncipe da vida", "destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, o diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte" (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado "detém a chave da morte e do Hades" (Ap 1,18), e "ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos" (Fl 2,10). Uma antiga homilia, de um autor grego desconhecido, e que a Igreja colocou na segunda leitura da Liturgia das Horas, no dia de Sábado Santo, diz:
“Um grande silêncio reina, hoje, na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se, porque Deus adormeceu na carne e foi acordar os que dormiam desde séculos. Ele vai procurar Adão, nosso primeiro Pai, a ovelha perdida. Quer visitar todos os que se assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles dos quais é filho e para os quais é Deus: Adão, acorrentado, e Eva com ele cativa. "Eu sou teu Deus e por causa de ti me tornei teu filho. Levanta-te, tu que dormes, pois não te criei para que fiques prisioneiro do Inferno: Levanta-te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos."

O Papa beato João Paulo II, falando sobre este mistério, disse: “
Depois da deposição de Jesus no sepulcro, Maria é a única que permanece a ter viva a chama da fé, preparando-se para acolher o anúncio jubiloso e surpreendente da ressurreição. A espera vivida no Sábado Santo constitui um dos momentos mais altos da fé da Mãe do Senhor. Na obscuridade que envolve o universo, Ela se entrega plenamente ao Deus da vida e, recordando as palavras do Filho, espera a realização plena das promessas divinas”. (L'Osservatore Romano, ed. port. n.21, 24/05/1997, pag. 12(240).

Este é o quarto artigo de uma série de outros doze, explicando, resumidamente, cada um dos artigos do 'Credo'.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com


Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em
Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS

Imagem de DestaqueFoi crucificado, morto e sepultado
 
Na Profissão de Fé do Papa Paulo VI, ele disse: "Cremos que Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo sacrifício da cruz, nos remiu do pecado original e de todos os pecados pessoais cometidos por cada um de nós; de sorte que se impõe como verdadeira a sentença do apóstolo: 'onde abundou o delito, superabundou a graça'" (cf. Rm 5,20) (n.17).

Os apóstolos deixaram claras as razões da morte de Jesus: "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras" (cf. 1Cor 15,3). "Foi Ele quem nos amou e enviou Seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados" (cf. 1Jo 4,10). "Foi Deus que, em Cristo, reconciliou o mundo consigo" (cf. 2 Cor 5,19). Ele significou isso e o antecipou durante a Última Ceia: "Isto é meu corpo, que será dado por vós" (Lc 22,19). João Batista viu e mostrou, em Jesus, o "Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo" (Jo 1,29). O Senhor é o Servo Sofredor que se deixa levar, silencioso, ao matadouro e carrega o pecado das multidões, é o verdadeiro Cordeiro Pascal.

São Pedro explicou o projeto divino de salvação: "Fostes resgatados da vida fútil que herdastes de vossos pais, pelo
sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeitos e sem mácula, conhecido antes da fundação do mundo, mas manifestado, no fim dos tempos, por causa de vós" (1Pd 1,18-20).
 
A Igreja ensina que "os pecados dos homens, depois do pecado original, são punidos com a morte" (cf. Rom 5,12; §602); então, por meio de Jesus, Seu Filho amado, Deus supre essa exigência: "Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus" (2Cor 5,21).
 

O Catecismo ensina que "nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência em Cristo da Pessoa Divina do Filho, que supera e, ao mesmo tempo, abraça todas as pessoas humanas, e que o constitui a cabeça de toda a humanidade, torna possível seu sacrifício redentor por todos" (§616).
Jesus assumiu livremente, morreu por nós, agiu de maneira soberana: "Ninguém me tira a vida, mas eu a dou livremente" (Jo 10,18). É "o amor até o fim" (cf. Jo 13,1) que confere o valor de redenção e reparação, de expiação e de satisfação ao sacrifício de Cristo. Ele mesmo vai ao encontro da morte; Seu desejo era fazer a vontade do Pai. “'Eis-me aqui... eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade'. Graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do Corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas" (cf. Hb 10,5-10). "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar sua obra" (Jo 4,34). O sacrifício de Jesus "pelos pecados do mundo inteiro" (cf. 1Jo 2,2) é a expressão de sua comunhão de amor ao Pai: "O Pai me ama, porque dou a minha vida" (Jo 10,17). "O mundo saberá que amo o Pai e faço como Ele me ordenou" (cf. Jo 14,31).

A morte de Jesus faz parte do mistério do projeto de Deus, como explica São Pedro em Pentecostes: "Ele foi entregue segundo o desígnio determinado e a presciência de Deus" (At 2,23); mas isto não quer dizer que os traidores de Jesus cumpriram, “na marra”, uma decisão de Deus. Não, todos agiram livremente e foram culpados. O Senhor estabelece Seu projeto eterno de salvação da humanidade, incluindo nele a resposta livre de cada homem à sua graça. (cf. §600)

Cristo foi obediente ao Pai "até a morte de cruz" (Fl 2,8); assim realizou sua missão expiadora do Servo Sofredor que "justificará a muitos a levar sobre si as suas transgressões", como profetizou Isaías. Mas, por que as autoridades crucificaram Jesus? Muitos atos e palavras d'Ele foram um sinal de contradição para as autoridades religiosas de Jerusalém, como tinha dito o velho Simeão (Lc 2, 34). Aos olhos de muitos parece que Jesus agia contra as instituições essenciais do povo judeu: a Lei de Moisés, o Templo e a fé no único Deus, Javé.

. Como disse o profeta Isaias: "Ele foi eliminado da terra dos vivos" (Is 53,8) e "Minha carne repousará na esperança, porque não abandonarás minha alma no Hades, nem permitirás que teu Santo veja a corrupção" (At 2,26-27).

A Igreja ensina que, durante a permanência de Cristo no túmulo, “Sua Pessoa Divina continuou a assumir tanto a Sua alma como o Seu corpo, embora separados entre si pela morte. Por isso o Corpo de Cristo morto "não viu a corrupção" (At 2,27) (Cat. §630). A Ressurreição de Jesus "no terceiro dia" (1 Cor 15,4; Lc 24,46) foi a prova disso, pois os judeus acreditavam que a corrupção do corpo começava a partir do quarto dia.
 
Foto
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

ANUNCIADA AGENDA DO PAPA FRANCISCO NO BRASIL

O Papa Francisco terá uma agenda cheia de atividades em sua primeira grande viagem internacional, em julho deste ano. A programação no Rio de Janeiro, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, inclui desde Atos Protocolares, como o encontro com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, até a visita a uma comunidade carente, em um hospital e a jovens detentos.

Chegada e primeiros atos oficiais

O Papa chegará ao Brasil o dia 22 de julho, segunda-feira. A acolhida oficial será feita no Aeroporto Internacional do Galeão/Antônio Carlos Jobim, a partir das 16h. Logo após, haverá uma cerimônia de boas vindas no jardim do Palácio Guanabara, onde o Santo Padre dará o seu primeiro discurso. No local, haverá a recepção protocolar das três esferas de governo. A recepção protocolar será feita pela presidente da república Dilma Rousseff, pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes.

A Residência do Sumaré será o local que receberá o Sumo Pontífice durante sua estada no Brasil. A casa hospedou o beato João Paulo II em suas duas visitas ao Brasil, em 1980 e 1997. É um lugar reservado, pacato e longe dos grandes movimentos da cidade. Além do Papa Francisco, a residência receberá também toda comitiva papal.

Com a simplicidade que o mundo já conhece, o Santo Padre vai presidir missas diárias privativas na Residência.

Visita a Aparecida

O Santo Padre visitará, na quarta-feira, dia 24 de julho, o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, maior santuário mariano do mundo. A visita foi um pedido pessoal do Papa Francisco, já que possui uma devoção pública por Maria, mãe de Jesus. Ao lado do cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, o Sumo Pontífice celebrará uma Missa, após a veneração da imagem da Virgem na Basílica. A homilia será feita pelo Papa.

Um dos legados sociais da JMJ Rio2013

Ainda na quarta-feira, o Papa Francisco participa da inauguração do Pólo de Atenção Integrada da Saúde Mental (PAI), voltado para a recuperação e dependência química, um dos legados sociais da JMJ Rio2013. Com 350 médicos, cerca de 500 profissionais de saúde, 648 leitos de internação, 323 leitos de enfermaria, 12 leitos de emergência, 75 leitos de UTI e 11 salas de cirurgia, o Hospital São Francisco da Tijuca (antigo Ordem Terceira da Penitência/VOT) é um hospital geral que oferece atendimento em 22 especialidades. A instituição presta atendimento particular, para clientes de planos de saúde, e para pacientes do SUS, encaminhados via Secretaria do Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Haverá um discurso do Papa no local.

Uma quinta-feira emocionante

No dia 25 de julho, quinta-feira, Eduardo Paes, prefeito do Rio, em um gesto simbólico e tradicional, entregará as chaves da cidade ao Sumo Pontífice, traduzindo o respeito pelo Santo Padre e a autoridade que representa. Além disso, também está previsto um rápido encontro com representantes do mundo esportivo, com a bênção das bandeiras Olímpicas.

Ainda pela manhã, o Papa Francisco parte para um encontro emocionante. Depois de 33 anos, um Papa volta a visitar uma comunidade carente. Desta vez, ao invés do Vidigal, na Zona Sul do Rio, onde passou João Paulo II, em 1980, a visita será a uma favela da Zona Norte. A comunidade escolhida foi a de Varginha, dentro do Complexo de Manguinhos, recentemente pacificada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O Papa falará aos moradores e dará sua bênção.

Às 18h, o Santo Padre participa da festa de acolhida dos jovens na orla de Copacabana, um dos Atos Centrais da JMJ Rio2013. Haverá a primeira saudação do Papa Francisco aos peregrinos da Jornada, e um discurso.

Um dia só para os jovens

Um dos pontos turísticos mais visitados da cidade e antiga casa de repouso do imperador Dom Pedro, a Quinta da Boa Vista receberá um dos maiores pontos de catequese do evento e a Feira Vocacional. O Santo Padre atenderá quatro confissões de jovens no local na manhã de sexta-feira, dia 26.

Em seguida, alguns jovens detentos se encontrarão com o Papa Francisco no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim. Ao meio dia, o Sumo Pontífice fará a Oração Angelus Domini do balcão central do Palácio. Antes do tradicional almoço com os jovens de todos os continentes, que acontece nas Jornadas, o papa fará uma saudação ao Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013 e aos patrocinadores.

Às 18h, acontece a Via Crucis com os jovens, na orla da Praia de Copacabana, o terceiro Ato Central da JMJ, com um discurso do Santo Padre.

Um sábado de encontros e oração
As atividades oficiais começam com a Santa Missa com os bispos, sacerdotes, religiosos e os seminaristas, na Catedral São Sebastião, presidida pelo Santo Padre. Logo após, o Papa Francisco se encontrará com representantes da sociedade da cidade e do Brasil no Teatro Municipal. A estrutura, construída no século XIX, por muito tempo, foi palco principal das apresentações artísticas de todo país.

À tarde, participa de um almoço com os cardeais brasileiros, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os bispos do Regional Leste 1 da CNBB (que compreende as dioceses do Estado do Rio de Janeiro) e o Séquito Papal, no grande refeitório do Centro de Estudos do Sumaré.

A partir das 19h30, o Papa Francisco estará em Guaratiba, no Campus Fidei para a Vigília de Oração com os jovens, quarto Ato Central da JMJ Rio2013, onde ele fará um discurso aos peregrinos e passará um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento com os jovens presentes.

Domingo de despedidas
Às 10h da manhã, o Papa Francisco reencontra os jovens da noite anterior no Campus Fidei para a Santa Missa de envio da JMJ Rio2013 e anunciar o próximo local que acolherá a Jornada Mundial da Juventude. Ao meio dia, também fará a oração do Angelus Domini com os peregrinos.

O almoço será com o Séquito Papal no refeitório do Centro de Estudos do Sumaré. Deve encontrar o Comitê de Coordenação do Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM) antes de sua despedida da Residência do Sumaré.

Para agradecer pessoalmente os 60 mil voluntários envolvidos nos trabalhos da Jornada, o Papa Francisco deverá encontrar-se com eles no Pavilhão 4 do Riocentro, às 17h30, e fará um discurso a eles.

Haverá ainda uma cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, onde o Santo Padre fará um discurso. Sua partida de volta a Roma está marcada para as 19h

 

NASCEU DA VIRGEM MARIA

Imagem de DestaqueConcebido pelo poder do Espírito Santo
 
"Na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho ao mundo, que nasceu de uma mulher..." (Gl 4,4). No tempo determinado por Deus, no auge do Império Romano, o maior que a humanidade já conheceu, no reinado de Otávio Augusto (30 aC – 14dC),  o Filho Único do Pai, a Palavra Eterna, o Verbo, a Imagem substancial do Pai encarnou-se no seio da Virgem Maria sem perder a natureza divina, assumindo a natureza humana. A Igreja ensina que Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, pois isso foi revelado por Deus.

“O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo... O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,30-35).

Deus escolheu a Virgem Maria para ser a mãe de Seu Filho. "Cheia de graça", a Imaculada é "o fruto mais excelente da Redenção". Desde o primeiro instante de sua concepção, ela foi preservada do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida (cf. §508). Esse dogma de fé foi proclamado, solenemente, pelo Papa Pio IX, em 1854, pela Bula Pontifícia “Inefabilis Deus”. Ela é, verdadeiramente, a mãe de Deus, a mãe do Filho Eterno de Deus feito homem.

Maria "permaneceu Virgem concebendo seu Filho, ao dá-lo à luz, ao carregá-lo. Virgem ao alimentá-lo de seu seio,
virgem sempre, a serva do Senhor" (Lc 1,38). No “Credo do Povo de Deus”, Paulo VI disse: “Cremos que Maria Santíssima, que permaneceu sempre Virgem, tornou-se Mãe do Verbo Encarnado, nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo; e que por motivo desta eleição singular, em consideração dos méritos de seu Filho, foi remida de modo mais sublime, e preservada imune de toda a mancha do pecado original; e que supera de longe todas as demais criaturas, pelo dom de uma graça insigne”(n. 14).

E Paulo VI confirma que Nossa Senhora foi elevada ao céu de corpo e alma, dogma da assunção, proclamado, solenemente, pelo Papa Pio XII, em 1950, pela Bula Pontifícia “Munificientíssimus Deus”.

“Associada por um vínculo estreito e indissolúvel aos mistérios da Encarnação e da Redenção, a Santíssima Virgem Maria, Imaculada, depois de terminar o curso de sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma à glória celestial; e, tornada semelhante a seu Filho, que ressuscitou dentre os mortos, participou antecipadamente da sorte de todos os justos. Cremos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no céu a desempenhar seu ofício materno, em relação aos membros de Cristo, cooperando para gerar e desenvolver a vida divina em cada uma das almas dos homens que foram remidos” (n. 15).

Para salvar a humanidade, Jesus precisava ser Deus e Homem ao mesmo tempo, para poder ser o mediador entre Deus e os homens e poder oferecer à Justiça Divina uma reparação humana, mas de valor infinito, que só o Senhor pode oferecer. A Carta aos Hebreus diz que: “por isso convinha que ele se tornasse em tudo semelhante aos seus irmãos, para ser um pontífice compassivo e fiel no serviço de Deus, capaz de expiar os pecados do povo” (Hb 2,17).
A Igreja ensina que Jesus Cristo é “verdadeiro Deus” e “verdadeiro homem”, na unidade de Sua Pessoa Divina: por isso Ele é “o único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,4). A Pessoa de Jesus é divina, mas Ele possui duas naturezas: a divina e a humana, não confundidas, mas unidas na única Pessoa do Filho de Deus. Cristo tem inteligência e vontade humanas, perfeitamente concordantes e submetidas à sua inteligência e à sua vontade divinas que tem em comum com o Pai e o Espírito Santo.

A Igreja teve de enfrentar várias heresias que negavam a humanidade plena de Jesus ou a sua divindade. Houve a heresia chamada “monarquianismo” (dinamista e modalista), a qual defendia Jesus como sendo um mero homem que, no momento do batismo, foi revestido de poder (dynamis) divino. Jesus era, portanto, considerado um “homem especial adotado por Deus como Filho”. O mentor desta heresia foi Teódoto de Bizâncio, que o Papa São Vítor (189-199) excomungou em 190. O bispo Paulo de Samósata, homem ambicioso, apoiou essa heresia no século III.

O monarquianismo modalista ensinava que o Filho era o próprio Pai ou “o modo pelo qual o Pai se manifestava”; assim, o Pai teria padecido na cruz. O Papa Zeferino (198-217) afirmou a Divindade de Cristo e a unidade de essência em Deus sem negar a diversidade de pessoas do Pai e do Filho. O Papa Calisto (217-222) também combateu a heresia. O modalismo foi sistematizado pelo sacerdote Sabélio, em Roma, e estendido ao Espírito Santo. O modalismo não via nas Pessoas Divinas senão “modos” de ação de um só Deus; não pessoas reais individualizadas. A teoria de Sabélio foi combatida em Roma também por Santo Hipólito.
Em 325, o Concílio Universal de Nicéia, o primeiro da Igreja, condenou a terrível heresia chamada arianismo, de Ário, um sacerdote de Alexandria, no Egito. Ele ensinava que Jesus não era Deus, mas a mais bela criatura de Deus, por meio de quem o Pai teria criado todas as coisas. Foi uma heresia que deu muito trabalho à Igreja, porque alguns imperadores romanos cristãos se tornaram hereges e protegeram esta heresia (Constâncio II, Valente). No ano 431, no Concílio de Éfeso, a Igreja condenou a heresia de Nestório, Patriarca de Constantinopla, pois este ensinava que em Jesus há duas pessoas, e que Maria não era mãe de Deus, apenas mão do homem Jesus. O Concílio de Éfeso disse que Maria é “Theotókos” (Mãe de Deus).

Outra heresia foi o “apolinarismo’, de Apolinário de Laodicéia. Ele negava que Jesus tivesse alma humana, condenada pela Igreja; outra foi o monofisismo de Êutiques, um monge de Constantinopla que negava a natureza humana de Jesus; condenada pela Igreja no Concílio Ecumênico de Calcedônia, em 451, pelo Papa Leão Magno.
Outra foi o “monoteletismo” de Sérgio, patriarca de Constantinopla; ele negava que Jesus tivesse uma vontade humana; condenada pelo Concílio de Constantinopla III, em 680. E outras menos importantes.
Se Jesus não fosse perfeitamente homem e perfeitamente Deus, não poderia ser o Redentor da humanidade; essa era a questão chave que a Igreja defendia e defende.
Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

FONTE: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12883

segunda-feira, 6 de maio de 2013

CREIO EM JESUS CRISTO

Imagem de DestaqueSeu único Filho, nosso Senhor
 
 
O nome de Jesus significa "Deus que salva". O Arcanjo Gabriel disse esse nome à Mãe do Senhor, "pois Ele salvará seu povo de seus pecados" (cf. Mt 1,21). Ele é o Salvador. São Pedro disse: "Não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4,12). 

Cristo significa "Ungido", "Messias". "Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder" (At 10,38). Ele é "aquele que há de vir" (Lc 7,19)". Ele é o Filho Único do Pai e o próprio Deus. Toda a vida de Cristo foi um contínuo ensinamento: Seus silêncios, Seus milagres, gestos, oração e Seu amor aos pequenos e pobres, Sua aceitação do sacrifício na Cruz pela redenção do mundo e Sua Ressurreição.
Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele é igual a nós em tudo, exceto no pecado. Cristo é uma Pessoa divina, mas que possui duas naturezas e duas vontades (humanas e divinas), inseparáveis e inconfundíveis. A Igreja teve de lutar contra muitas heresias que desvirtuavam a Pessoa de Jesus (arianismo, monofisismo, monoteletismo, apolinarismo, modalismos, etc.)

Pela Sua submissão a Nossa Senhora e a São José, assim como por Seu humilde trabalho em Nazaré, Jesus nos deixou o exemplo de santidade na vida da família e do trabalho. Ele entrou em nossa história pela família, quis ter um pai adotivo e um lar. Desde o início de Sua vida pública, em Seu Batismo, o Senhor se fez o "Servo de Javé", anunciado pelos profetas, inteiramente consagrado à obra redentora da humanidade que o Pai lhe confiou. Na tentação no deserto, Ele venceu Satanás – que vencera Adão -  seguindo o desígnio de salvação querido por Deus. 

Cristo inaugurou, na Terra, o Reino dos céus  e instituiu a  Igreja, que é o Seu Corpo, “sacramento universal da salvação”,  “o germe e o começo desde Reino”. Suas chaves foram confiadas a Pedro, o Papa, e aos apóstolos.

O Papa Paulo VI disse em sua
“Profissão de Fé”: “Cremos em Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele é o Verbo eterno, nascido do Pai antes de todos os séculos e consubstancial a Ele. Por Jesus tudo foi feito. Encarnou por obra do Espírito Santo, de Maria Virgem e se fez homem. Portanto, é igual ao Pai, segundo a divindade, mas inferior ao Pai, segundo a humanidade, absolutamente uno não por uma confusão de naturezas (que é impossível), mas pela unidade da Pessoa”.

“Ele habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Anunciou e fundou o Reino de Deus, manifestando-nos em Si mesmo o Pai. Deu-nos o Seu mandamento novo de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou. Ensinou-nos o caminho das bem-aventuranças evangélicas, isto é: a sermos pobres de espírito e mansos, a tolerar os sofrimentos com paciência, a ter sede de justiça, a ser misericordiosos, puros de coração e pacíficos, a suportar perseguição por causa da virtude” (n.11).

Os milagres de Jesus provam a Sua divindade. Ele é o Senhor de tudo, onipotente, onisciente, onipresente. Mostrou Seu poder sobre a matéria, sobre a natureza, a morte, a doença, os demônios, etc. Eis alguns dos seus fantásticos milagres:

Andando sobre as águas do mar da Galileia, Ele foi ao encontro dos apóstolos que remavam com dificuldade contra o vento (cf. Mateus 14,26); nas Bodas de Caná, transformou 600 litros de água em vinho (cf. João 2); por duas vezes, ao menos, multiplicou os pães e saciou a fome da multidão que O seguia no deserto (cf. Mateus 15,36); curou dez leprosos que vieram ao Seu encontro (cf. Mt 8,3); curou os cegos de nascença em Jericó; curou o paralítico na piscina de Betesda (cf. João 5,5); acalmou a tempestade sobre o mar da Galiléia, que ameaçava fazer virar o barco onde estava com os apóstolos (Mt 8,26);  expulsou os demônios de muitos (Mt. 8,32);  curou muitos paralíticos (Mt 8,6); ressuscitou a filha de Jairo, chefe da sinagoga de Cafarnaum (Mt 9,25); ressuscitou o jovem de Naim, filho único de uma viúva; ressuscitou Lázaro, irmão de Marta e de Maria, de Betânia (Jo11, 43-44); transfigurou-se no Monte Tabor (Mt 17,2); ressuscitou triunfante dos mortos e apareceu aos discípulos e para muitas pessoas (Mt 28,6; 1Cor 15,1s).
Os inimigos da fé católica, os racionalistas inimigos da Igreja comprovaram a autenticidade dos Evangelhos; são eles que provam a divindade de Jesus Cristo. É por isso que São Paulo disse: “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col 2,9). “Ele é a imagem do Deus invisível” (Col 1,15).  São Pedro diz, como testemunha: “Vimos a sua majestade com nossos próprios olhos” (2 Pe 1,16). Que nos resta concluir?

Um dia Jesus curou um ceguinho de nascença que esmolava à Porta do Templo. Depois lhe perguntou:
“Crês no Filho de Deus”? Ao que o ceguinho Lhe responde: “Senhor, e quem é esse para que eu creia n'Ele”? E Jesus lhe respondeu: “É o que está falando contigo”. “Creio, Senhor, confessou o ceguinho curado, caindo de joelhos em adoração”. (Jo 9,35). É o que nos resta fazer.
 
Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
 

domingo, 5 de maio de 2013

FACULDADE DE SÃO BENTO OFERECE CURSO DE EXTENSÃO EM TEOLOGIA

                              

As inscrições para o curso de extensão em Teologia, oferecido pela Faculdade São Bento da Bahia, estão abertas. Os interessados devem apresentar, no ato da matrícula, a carteira de identidade, CPF, Carteira de Reservista (homens), Título de Eleitor, duas fotos 3X4, diploma e histórico do Ensino Médio, comprovante de residência e uma carta de apresentação do pároco ou uma entrevista com o coordenador do curso.
 
Podem participar seminaristas, religiosos, leigos, agentes de pastorais e lideranças comunitárias. O curso será dividido em cinco períodos: de agosto a dezembro deste ano; de março a junho e de agosto a dezembro de 2014; e de março a junho e de agosto a dezembro de 2015. As aulas serão ministradas aos sábados, das 8h às 12h, e a mensalidade é de R$ 50. Mais informações pelo telefone (71) 3322-4746 ou pelo e-mail saobentocet@yahoo.com.br.
 
FONTE: Site da Arquidiocese de São Salvador

sábado, 4 de maio de 2013

A BEATIFICAÇÃO DE NHÁ CHICA


Francisca de Paula de Jesus – Nhá Chica hoje é reconhecida como Venerável, uma vez que o Santo Papa Bento XVI, na manhã da sexta-feira, dia 14 de janeiro de 2011, aprovou as suas virtudes heroicas.

Ainda em vida Nhá Chica passou a ser aclamada pelo povo como ‘a Santa de Baependi’, por sua fé e clarividência. Já foi Serva de Deus, título que recebeu oficialmente da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano, em 1991.

A causa de canonização de Nhá Chica está aguardando desde 2007 o anúncio de sua beatificação. A grande graça atribuída a Nhá Chica refere-se a professora Ana Lúcia Meirelles Leite, moradora de Caxambu, Minas Gerais. A professora e dona de casa foi curada de um problema congênito muito grave no coração, sem precisar passar por cirurgia, apenas pelas orações de Nhá Chica. O fato se deu em 1995. A graça foi aceita pelo Vaticano.

O início da campanha pela canonização se deu pela primeira vez em 1952. Depois de alguns anos uma nova instalação da Comissão em prol da Beatificação teve início em 1989 e depois foi instalada em definitivo em 14 de janeiro de 1992.

Mas em 1991, Nhá Chica já tinha recebido da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano o título de Serva de Deus.

O Processo Informativo Diocesano começou em 16 de julho de 1993, tendo sido encerrado em 1995, quando foi para Roma. O Relator deste processo foi o Pe. José Luís Gutiérrez.

A causa então ficou parada até 1998, quando assumiram como Postulador Frei Paolo Lombardo (ofm) e como vice-postuladora Ir. Célia Cadorin (ciic). Atualmente o Postulador é Dr. Paollo Villotta.

Em 18 de junho de 1998 foi feito o reconhecimento dos restos mortais de Nhá Chica, na presença de autoridades eclesiásticas, de membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e médicos legistas. Ainda em 1998, o Tribunal Eclesiástico Pela Causa de Beatificação de Nhá Chica apresentou à Diocese de Campanha um provável milagre para ser enviado e analisado pelo Vaticano

A publicação da ‘Positio’, documento que reúne todos os dados e testemunhos recolhidos durante a fase Diocesana, corresponde à primeira etapa do processo de beatificação e aconteceu no dia 30 de outubro de 2001. O documento seguiu para o Vaticano para ser apreciado pela Congregação das Causas dos Santos.

Em 30 de abril de 2004, os religiosos brasileiros reunidos na 42ª Assembleia Geral de Bispos do Brasil (CNBB) assinaram um documento pedindo pela beatificação de Nhá Chica. O documento que reuniu 204 assinaturas de Bispos de 25 estados brasileiros foi encaminhado pela Diocese de Campanha ao então Papa João Paulo II.

No dia 8 de junho de 2010, no Vaticano, deram parecer favorável às virtudes da Serva de Deus Nhá Chica, e no dia 14 de janeiro de 2011, Papa Bento XVI aprovou as suas virtudes heroicas: castidade, obediência, fé, pobreza, esperança, caridade, fortaleza, prudência, temperança, justiça e humildade. Este foi mais um passo em direção à beatificação.

Em 14 de outubro de 2011 o Milagre é reconhecido. A comissão médica da Congregação das Causas dos Santos analisou o milagre ocorrido por intercessão da Venerável Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia. (
leia sobre o milagre). Todos os 07 médicos deram voto favorável: a cura não tem explicação científica..

O Estudo do Milagre pela comissão de Cardeais da Santa Sé aconteceu em 5 de junho de 2012. O Santo Papa Bento XVI promulgou o Decreto da Beatificação de Nhá Chica, sendo que a cerimônia oficial acontece hoje, dia 04 de maio de 2013, em Baependi (MG).

(fonte:
www.nhachica.org.br)

O QUE É O CREDO?

Imagem de DestaqueO Creio é o resumo da fé católica

Desde o início de sua vida apostólica, a Igreja elaborou o que passou a ser chamado de “Símbolo dos Apóstolos”, cujo nome é o resumo fiel da fé dos apóstolos; foi uma maneira simples e eficaz de a Igreja exprimir e transmitir a sua fé em fórmulas breves e normativas para todos. Em seus doze artigos, o 'Creio' sintetiza tudo aquilo que o católico crê. Este é como "o mais antigo Catecismo romano". É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma.

Os grandes santos doutores da Igreja falaram muito do 'Credo'. Santo Ireneu (140-202), na sua obra contra os hereges gnósticos, escreveu: "A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a fé num só Deus, Pai e Onipotente, que fez o céu e a terra (...).Esta é a doutrina que a Igreja recebeu; e esta é a fé, que mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa. E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Esta fé anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua.  (Adv. Haer.1,9)

São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, disse: "Este símbolo da fé não foi elaborado segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira, de onde se recolheu o que existe de mais importante para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém, em um pequeníssimo grão, um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra, em algumas palavras, todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento (Catech. ill. 5,12)

Santo Ambrósio (340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja que batizou Santo Agostinho, mostra de onde vem a autoridade do 'Símbolo dos Apóstolos', e a sua importância:
"Ele é o símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro dos apóstolos, teve a sua Sé e para onde ele trouxe a comum expressão da fé" (CIC §194)."Este símbolo é o selo espiritual, a mediação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente o tesouro da nossa alma” (CIC §197). Os seus doze artigos, segundo uma tradição atestada por Santo Ambrósio, simbolizam com o número dos apóstolos o conjunto da fé apostólica (cf. CIC §191).

O símbolo da fé, o 'Credo', é a “identificação” do católico. Assim, ele é professado solenemente no dia do Senhor, no batismo e em outras oportunidades. Todo católico precisa conhecê-lo com profundidade.

Por causa das heresias trinitárias e cristológicas que agitaram a Igreja nos séculos II, III e IV, ela foi obrigada a realizar concílios ecumênicos (universais) para dissipar os erros dos hereges. Os mais importantes para definir os dogmas básicos da fé cristã foram os Concílios de Nicéia (325) e Constantinopla I (381). O primeiro condenou o arianismo, de Ário, sacerdote de Alexandria que negava a divindade de Jesus; o segundo condenou o macedonismo, de Macedônio, patriarca de Constantinopla que negava a divindade do Espírito Santo.

Desses dois importantes Concílios originou-se o 'Credo' chamado "Niceno-constantinopolitano", o qual traz os mesmos artigos da fé do 'Símbolo dos Apóstolos', porém de maneira mais explícita e detalhada, especialmente no que se refere às Pessoas divinas de Jesus e do Espírito Santo.

Além desses dois símbolos da fé mais importantes, outros 'Credos' foram elaborados ao longo dos séculos, sempre em resposta a determinadas dificuldades ou dúvidas vividas nas Igrejas Apostólicas antigas. Um exemplo é o símbolo “Quicumque”, dito de Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria; as profissões de fé dos Concílios de Toledo, Latrão, Lião, Trento e também de certos Pontífices como a do Papa Dâmaso e do Papa Paulo VI (1968).

O Catecismo da Igreja nos diz que: "Nenhum dos símbolos das diferentes etapas da vida da Igreja pode ser considerado como ultrapassado e inútil. Eles nos ajudam a tocar e a aprofundar, hoje, a fé de sempre por meio dos diversos resumos que dela têm sido feitos" (CIC § 193).

O Papa Paulo VI achou oportuno fazer uma solene Profissão de Fé no encerramento do “Ano da Fé” de 1968. O Papa Paulo VI quis colocá-lo como um farol e uma âncora para a Igreja caminhar nos tempos difíceis que vivemos, por entre tantas falsas doutrinas e falsos profetas, que se misturam sorrateiramente como o joio no meio do trigo, mesmo dentro da Igreja.

Paulo VI falou, na época, daqueles que atentam “contra os ensinamentos da doutrina cristã”, causando “perturbação e perplexidade em muitas almas fiéis”. Preocupava o Papa as “hipóteses arbitrárias” e subjetivas que são usadas por alguns, mesmo teólogos, para uma interpretação da revelação divina, em discordância da autêntica interpretação dada pelo Magistério da Igreja.

Sabemos que é a Verdade que nos leva à salvação (cf. CIC §851). São Paulo fala da “sã doutrina da salvação” (2 Tm 4,7) e afirma que “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4); e “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15).

Com este artigo queremos dar início a uma série de outros doze, explicando, resumidamente, cada um dos artigos do 'Credo'.

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

TARDE DE LOUVOR NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA



“Maria, a tua humildade é caminho para a santidade”. Este é o tema da Tarde de Louvor que será promovida pelo grupo Amigos da Canção Nova em Salvador. O evento será amanhã, dia 04 de maio, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Rua das Araras, nº 1.210, Imbuí), a partir das 14h, e contará com a presença da missionária católica Salette Ferreira. Mais informações pelo e-mail amigoscancaonovasalvador@hotmail.com ou pelos telefones (71) 888-7120 / 9100-0387 / 9975-0779.
 
FONTE: http://www.arquidiocesesalvador.org.br/noticias/tarde-de-louvor-na-paroquia-nossa-senhora-aparecida/

quinta-feira, 2 de maio de 2013

COMO VIVER BEM O ANO DA FÉ?



Imagem de Destaque                                              Porta Fidei – Um itinerário espiritual a ser seguido
 
 
No 'Ano da Fé', somos convocados a reavivar a chama da fé em nosso coração, em nossa caminhada de cristãos. Em uma sociedade secularizada, que, aos poucos, vai perdendo as raízes da sua própria identidade cristã, a Carta Apostólica do Papa Bento XVI, Porta Fidei, é um convite a retornamos às nossas raízes e, assim, vivenciarmos um tempo novo.

Nesta Carta Apostólica, o Papa Bento XVI apresenta um itinerário espiritual que nos ajuda a vivenciar o 'Ano da Fé' com intensidade e profundidade. Eis o caminho espiritual proposto pela Carta Apostólica Porta Fidei:

Primeiro passo: acesso exclusivo ao amor de Deus. “A Porta da Fé (cf. At 14, 27), que nos introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós” (PF, 1). Por meio da fé temos acesso exclusivo a uma vida de intimidade profunda com Deus.

Segundo passo: ajudar nossos irmãos e irmãs a atravessarem o deserto da secularização para que encontrem Jesus Cristo, fonte da vida que sacia todas as sedes. “A Igreja, no seu conjunto, e os pastores nela, como Cristo, devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida em plenitude” (PF, 2). Muitos se encontram peregrinando por um deserto sem vida. A fé que cultivamos em nosso coração ajuda-nos a sermos guias para quem se encontra sedento de Cristo.

Terceiro passo: rezar a Palavra de Deus na vida. "Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos” (cf. Jo 6, 51), (PF, 3). Na Palavra de Deus e na Eucaristia encontramos o alimento necessário que sustenta nossa alma. É preciso rezarmos essa Palavra em cada momento de nossa vida.

Quarto passo: testemunharmos o amor de Deus. “A renovação da Igreja realiza-se também por meio do testemunho prestado pela vida dos crentes. De fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou” (PF, 6). Nossa vida deve irradiar a Luz da Palavra de Deus. Somente quem foi iluminado pela Palavra pode testemunhar uma vida de luz.

Quinto passo: converter-se no Senhor. “O Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo” (PF,6). É necessário reacender a chama do nosso primeiro amor por Cristo. E esta chama só poderá ser acessa se nos convertermos novamente.

Sexto passo: abandonar-se nas mãos de Deus. “Só acreditando que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior, porque tem a sua origem em Deus” (PF, 7). Geralmente, queremos que seja feita a nossa vontade, mas poucas vezes nos abandonamos nas mãos de Deus. Viver o 'Ano da Fé' é abandonar-se inteiramente nas mãos do Senhor. Confiarmos a Ele nossa vida e tudo o que temos e somos.

Sétimo passo: redescobrir o valor da Profissão de Fé. “Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária para não esquecerem o compromisso assumido com o Batismo” (PF, 9). A oração do Creio deve voltar a fazer parte das nossas orações. É preciso aprofundar naquilo que cremos.

Oitavo passo: estudar o Catecismo. “Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II” (PF, 11). No Catecismo da Igreja Católica, encontramos alimento seguro para as questões da fé que nos inquietam. É preciso saber responder: Por que eu creio? Em que eu creio?

Nono passo: desenvolver a caridade na vida. “O 'Ano da Fé' será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: ‘Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade’” (1 Cor 13, 13) (PF, 14). A caridade nasce do amor, ela é o amor em ação na vida.

Décimo passo: viver o 'Ano da Fé' como um itinerário espiritual. “Possa este 'Ano da Fé' tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro (PF, 15). Temos a nossa disposição um programa de vida espiritual rico e profundo para crescermos na fé e no amor a Cristo e a Igreja.

Veja a cobertura completa papa.cancaonova.com 
 
Foto Padre Flávio Sobreiro

Pe. Flávio Sobreiro é Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
www.facebook.com/oficialflaviosobreiro