sexta-feira, 18 de julho de 2014

REFLEXÕES SOBRE O DÍZIMO - PARTE II

Se a Igreja Católica é tão rica, por que o vaticano não se desfaz de alguns bens para resolver o problema da fome no mundo?

A Igreja Católica só é rica da graça de Deus. Hoje não há paróquia que disponha de recursos suficientes para arcar com seus compromissos sacramentais, de evangelização, missionários e de atendimento aos pobres e necessitados.
Mesmo que nossa santa igreja vendesse todos os seus bens e relíquias sagradas (algumas com mais de 2.000 anos), todo o dinheiro apurado não seria suficiente para acabar com a fome no mundo.
A solução para a desnutrição, desigualdades sociais, guerras e outras mazelas do mundo passa menos pelo bolso e mais pelo coração do homem.
A Igreja deve atuar como missionária da Boa Nova e do Amor de Deus, para que o homem reconheça Jesus no irmão e seja um promotor da justiça, da paz, da igualdade social e do amor.
Hoje, a primeira coisa que se lê, na porta de uma igreja, é o cartaz do dízimo.
Pelo jeito que clamam esses cartazes, as Igrejas estão recebendo cada vez menos esmolas do povo...

Se contribuo com o dízimo, como ficam as ofertas nas missas e em outras ocasiões?
Elas devem continuar, pois demonstram a gratidão das pessoas por aquilo que receberam de Deus durante a semana ou a graça da missa celebrada, ou os sacramentos recebidos. Como é bonito um gesto espontâneo de gratidão, sem a preocupação de quanto se dá! Isso vale também para as coletas especiais, determinadas pela CNBB e pelo Vaticano II, para coletas emergenciais, em favor de pessoas necessitadas. As ofertas feitas nas coletas são de caráter espontâneo e esporádico. O Dízimo é de caráter obrigatório e regular.

Qual a diferença entre dízimo, oferta, donativo e caridade?
Entre dízimo, oferta, donativo e caridade... Somente o dízimo necessita de Fé!
O dízimo só tem sentido se o cristão compreender que trata-se de uma devolução a Deus, através de nossa comunidade, de uma pequena parcela de todos os nossos rendimentos, em forma de ação de graças pelo muito que d’Ele recebemos gratuitamente, sem nenhum mérito de nossa parte.
A oferta é um valor variável, que nem precisa ser dinheiro, pode ser, por exemplo alimentos, oferecidos na igreja por ocasião de uma celebração. A oferta mais típica é a feita no ofertório da Missa. A oferta não é obrigatória e não segue nenhuma norma.
O donativo é algo doado não diretamente à igreja mas a uma entidade de ajuda a pessoas portadoras de alguma necessidade. É por exemplo o caso dos alimentos doados aos Vicentinos. A ajuda a qualquer congregação religiosa ou ONG é um donativo.
Quando falamos em caridade estamos falando de uma doação feita diretamente a uma pessoa necessitada. É o caso da esmola dada a um pobre.

Posso devolver o dízimo numa paróquia mais pobre do que a minha?
O dízimo deve ser devolvido na paróquia onde você mais participa. Cabe à diocese, que recebe parte dos recursos de seu dízimo, ajudar as paróquias mais pobres.

FONTE: Arquidiocese de Campo Grande MS

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