terça-feira, 30 de agosto de 2011

ARQUIDIOCESE DE SALVADOR REALIZA 17º GRITO DOS EXCLUÍDOS

Com o lema Pela vida, grita a Terra. Por direitos, todos nós!, a 17ª edição do Grito dos Excluídos tem como principal objetivo chamar a atenção da sociedade para as diferentes formas de exclusão social, além da violência e das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A iniciativa, que acontece de 1º a 6 de setembro, prevê uma série de eventos e mobilizações, a exemplo de atos públicos, celebrações especiais, seminários, cursos de reflexão, teatro, música e acampamentos. É importante ressaltar que a manifestação será encerrada durante o desfile do dia 7 de setembro, quando dezenas de pessoas se unem para protestar e propor novos rumos.

De acordo com o vice-presidente da Ação Social Arquidiocesana (ASA), padre José Carlos Santos Silva, o Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo e aberta a grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. “O Grito é um espaço de participação livre e popular em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças”, afirma.

Criado pelo Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com a finalidade de dar continuidade à Campanha da Fraternidade de 1995, cujo tema era Fraternidade e Excluídos, o Grito conta com diversos parceiros ligados ou não à Igreja Católica, na tentativa de transformar uma participação passiva em uma cidadania consciente. “O tema deste ano é um clamor que brota do coração de milhares de homens e mulheres que são vítimas da contradição evidente entre a compulsão do crescimento econômico e o consumo; das diferenças socioeconômicas; das crises agudas relacionadas ao empobrecimento dos ecossistemas, à vida e ao direito do ser humano. Outro fator é a ligação com a Campanha da Fraternidade, que trata, neste ano, do meio ambiente”, assevera o padre José Carlos.

Para a relações públicas Naira Libânia, todas as formas de manifestação são importantes, desde que busquem o objetivo proposto. “Eu nunca participei do Grito dos Excluídos, mas eu acho que a sociedade deve sempre reivindicar seus direitos e oferecer novas propostas”, diz. Já para o operador de áudio Anderson Oliveira, o encerramento no dia 7 de setembro possibilita uma reflexão acerca dos problemas enfrentados pelos brasileiros. “A data é propícia porque muitas pessoas vão às ruas para ver o desfile em comemoração à Independência do Brasil, o que possibilita que os problemas sociais ganhem visibilidade. É importante esta iniciativa da Igreja porque a sociedade não costuma se organizar para fazer esse tipo de manifestação”, afirma.

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