O brasão original da Arquidiocese de Salvador foi resgatado e a partir deste mês passa a ser usado em todos os documentos oficiais da instituição. A descoberta do brasão se deu logo depois da nomeação de Dom Murilo Kieger, scj como arcebispo de Salvador, através do especialista em heráldica, que é a arte de desenvolver brasões, Victor Hugo Carneiro Lopes. Aluno do Irmão Paulo Lachenmayer, monge beneditino a quem é atribuída a criação do brasão da Arquidiocese de Salvador, Lopes tinha uma cópia do material e a apresentou a Dom Murilo
“Desde a década de noventa, tinha contatos por carta e telefone com o Sr. Victor Hugo Carneiro Lopes, de Salvador. Já no dia de minha posse como arcebispo, em 25 de março de 2011, encontrei-me com ele. Dias depois, ele me informou que o tinha consigo, pois recebera de Irmão Paulo uma cópia do brasão original da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. A meu pedido, entregou-me esse material e preparou um novo desenho, que é o que estamos usando” explica Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador.
O uso de brasões remonta à Idade Média. Através de um brasão se expressam valores, ideias e todo um modo de ser. Sua finalidade é semelhante às modernas logomarcas: identificar uma pessoa ou instituição. No caso da Arquidiocese de Salvador os elementos que compõem o ícone da arquidiocese apresentam profunda relação com própria cidade. “Vendo o brasão de nossa Arquidiocese, o que me chama a atenção é o destaque que dá ao nome da cidade – nome que se confunde com sua vocação e missão: Salvador. Essa ideia é expressa pelo globo terrestre, em cima do qual se vê a Cruz. Nosso brasão é, pois, um programa de vida e um incentivo a fazermos desta terra a terra do Salvador”, analisa o arcebispo.
Em um manuscrito de 1955, Ir. Paulo, o autor do brasão, o descreve assim: “Brasão de Armas da Arquidiocese Primacial do Brasil, “SSmi. Salvatoris”.. Escudo: Partido de azul e ouro, com um mundo entre-cambado. Insígnias: Mitra, cruz patriarcal e báculo. Comentário: Na terminologia heráldica, entende-se por mundo um globo com um cinto, e um arco na parte superior, rematado com uma cruzeta, que é o símbolo do Salvador do Mundo. Como tal, já foi aplicado nos pórticos laterais da antiga Sé primacial. Salvador, 27 de junho de 1955 – Ir. Paulo Lachenmayer, o.s.b.”
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